sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Garantido na Origem

Resumo do Livro : "Nascentes do Saber"

Dorothy Leonard-Barton 1998

Capitulo 6

IMPORTAÇÃO E ABSORÇÃO DE SABER TECNOLÓGICO DE FORA DA EMPRESA

Na atualidade quase nenhuma empresa consegue sobreviver aptidões estratégicas sem importar algum conhecimento ou inovação alheios e, dessa forma, gerenciar absorver esse produto ou saber que vem de fora é tão importante quanto gerenciar a própria empresa.
As empresas geralmente estabelecem alianças por duas razões: impedir a parceria de uma concorrente ou para suprir deficiências próprias.
As alianças feitas para aumentar aptidões podem ser de três tipos: para aprendizado, para fornecimento e para posicionamento. As alianças para aprendizado visam a ampliar o saber inventivo e são efetuadas para adquirir saber de fora quando existe deficiência de aptidão ou produto é inadequado internamente. Para que isso ocorra é necessário primeiramente definir o intento estratégico da empresa, que é uma descrição simples de um estado futuro desejado. Quando o intento estratégico é claro os gerentes podem identificar aptidões tecnológicas necessárias para alcançá-lo.
Em contrapartida, surgem as deficiências de aptidão, que geram a necessidade de importação tecnológica, cujas causas principais são: o declínio do investimento em pesquisa, a obsolescência das competências técnicas e tecnológicas em função do surgimento constante de novos produtos e as amplas oportunidades de inovação criadas pelos avanços tecnológicos.
As fontes externas de saber tecnológico podem ser provenientes de: concorrentes, universidades, vendedores, laboratórios nacionais, clientes e consultores e o acesso a tecnologia de fontes externas podem vir de uma série de relações que vão desde o roubo industrial até as fusões e aquisições.
Os gerentes precisam expor suas empresas a novas idéias vindas de fora a fim de combater as limitações estratégicas, para isso é necessário o rastreamento de tecnologias; garantir a interação contínua com todo o tipo de informação; sentinelas tecnológicos que mantém seus colegas informados sobre os últimos acontecimentos em sua área de atuação; os atravessadores de fronteiras que fazem a “ponte” das informações entre empresas e a pouca rotatividade de pessoal que permite que os funcionários fiquem cada vez mais interados do sistema interno da empresa.
Para tanto, os gerentes os gerentes, atualmente, estão bem mais treinados em comportamento competitivo, a fim de investigar sempre suas fronteiras organizacionais para saber se as mesmas estão abertas para captar as fontes externas do saber tecnológico.

Matéria : Garantido na Origem
Autor: Eric Von Hippel – 02 de semtembro de 2008.
Site: http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/garantido_origem.php?
Resumo:
Em seu artigo o autor dismistifica a máxima de que as grandes inovações se originam nas indústrias, descobrindo através de pesquisas que os produtos funcionalmente novos, são concebidos por usuários líderes, que são pessoas que sentem a necessidade de ter esse produto ou serviço, vários meses ou anos antes que a maior parte do mercado e que obtenham algum benefício com a criação do mesmo.
De acordo com a pesquisa, são necessários de cinco a sete anos para que uma empresa passe a fabricar um novo produto desenvolvido por um usuário-líder. Isso não significa que somente pessoas criativas sejam responsáveis por todas as inovações, estudos comprovam que os usuários desenvolvem inovações com capacidades inéditas e a
indústria as aperfeiçoa.
As empresas então, se concentraram em identificar uma nova tendência, detectar usuários-líderes em torno dessa tendência, analisar os dados coletados sobre esses usuários e projetar a informação sobre o mercado todo.
Após citar alguns exemplos, o autor procurou estabelecer a diferença entre a inovação que origina do usuário (interesse pelo uso) e a que origina do fabricante(interesse pela venda).
Cita, ainda, que muitas inovações surgem do trabalho coletivo, como no caso da Lego que lançou blocos com pequenos motores e sensores com os quais se pode construir robôs e que os hackers tornaram mais rápidos, beneficiando a empresa que inclusive criou um site para aprimorar mais o desenvolvimento e os próprios hackers que recebem royalties de acordo com a inovação apresentada.
Após comprovar a qualidade, muitos fabricantes optam por extrair idéias da Web ao invés de investir em criação na própria empresa. Outro benefício gerado por essas comunidades é a grande quantidade de idéias que são trocadas entre os usuários, resultando em melhores projetos.O fabricante, ao invés de investir em inovar, toma como base os protótipos criados pelos usuários.

Análise crítica:

O artigo está relacionado com o texto do livro, na medida em que ambos se referem à importação de tecnologia.

Enquanto no livro, o autor discorre sobre as mais diversas formas de importação de tecnologia, através de alianças entre empresas, compartilhamento de informações, fusões, etc. o artigo de Von Hippel nos mostra as mais recentes formas de importação de tecnologia, através da figura do usuário-líder e também dos sites de compartilhamento, onde novos produtos e tecnologias estão sempre surgindo e sendo aperfeiçoados.

As novas formas de importação de tecnologia mostradas no artigo apresentam uma grande vantagem sobre as formas tradicionais sobre as quais o autor do livro discorre: enquanto as pesquisas, fusões, alianças e todas as formas já bem conhecidas de importação de tecnologia envolvem altos custos, uma vez que demandam o envolvimento de funcionários qualificados e orçamento direcionado a pesquisa,

as novas tecnologias provenientes de produtos desenvolvidos por consumidores e as compartilhadas em sites se apresentam as empresas com custo quase que insignificante e com a certeza de aprovação pelos consumidores, uma vez que foram desenvolvidas de acordo com a vontade e interesse dos mesmos.

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